Água-viva cria mecanismo para driblar a morte - e isso preocupa e instiga os cientistas.
Turritopsis dohrnii (Fonte: skekoa) |
A imortalidade é um tema que gera debates entre os cientistas, alguns acreditam que não podemos alterar o ciclo natural da vida e outros dizem que temos o dever de superar a morte como um entendimento maior sobre a vida. A questão é que biologicamente não fomos "construídos" para uma vida eterna. Fora as centenas de questões que envolvem o assunto, como por exemplo, a capacidade dos recursos essenciais para todos no planeta não será o suficiente.
Bom, vamos falar sobre o ser imortal que vive entre nós.
Geralmente as águas-vivas não vivem mais de 6 meses. Mas uma delas, a Turritopsis dohrnii, conseguiu driblar este destino - e de quebra revolucionar os conceitos de vida e morte. Ela foi descoberta por volta de 1893 no mar mediterrâneo.
Ela tem a capacidade de rejuvenescer indefinidamente as próprias células, ou seja, é essencialmente imortal. Não pode morrer de causas naturais; sua única possibilidade de deixar este mundo é ser comida por algum predador.
A imortalidade foi descoberta pela bióloga italiana Maria Pia Miglietta, que trabalha na Universidade da Pensilvânia e viajou o mundo todo para estudar a super criatura. O corpo das águas-vivas assume vários formatos durante a vida. Mas a Turritopsis dohrnii, consegue fazer este processo andar ao contrário, como se fosse uma borboleta que volta ao estágio da larva. O rejuvenescimento ocorre depois que o animal se reproduz e também em momentos de crise, se ele está ferido ou sem alimento. Por exemplo, se estiver em perigo de morrer de fome ou tenha sofrido uma lesão com risco de morte, esta espécie particular de água-viva é capaz de reverter todas as suas células vivas para um estado mais jovem, mais flexível, através de um processo chamado de transdiferenciação. Durante este processo, a água-viva primeiro transforma-se em quisto globular, em seguida, o cisto se reverte em uma colônia de pólipos. Esta é basicamente a primeira fase de sua vida e daí ela é capaz de reiniciar todo o seu processo de vida, criando novas réplicas que estão livres dos males causados às réplicas anteriores e refazendo posteriormente o processo de transdiferenciação, num ciclo sem fim. Uma verdade mágica evolutiva.
Já existem estudos sobre a viabilidade de criação de novas células em seres humanos, para substituir aquelas que já estão danificadas, com o intuito de criar um indivíduo imortal. Alguns biólogos, como Stefano Piraino, da Universidade de Salento, estão otimistas de que esta água-viva possa um dia ajudar a livrar o mundo do câncer e outras doenças mortais. Sua esperança está enraizada no fato de que, assim como as células cancerosas, algumas das células da Turritopsis dohrnii são capazes de seletivamente ativar certos genes ligados ou desligados para permitir que os programas genéticos que estavam presentes em fases anteriores possam ser reativados.
Se os investigadores puderem ter uma melhor compreensão destas medusas e conseguirem desvendar o segredo por trás daquilo que as permitem passar por uma transformação tão radical na estrutura celular e nas suas funções vitais, isso não só ajudaria a preservar a vida marinha ameaçada de extinção e que está sendo prejudicada pela invasão de águas-vivas, como pode abrir as portas para uma classe inteiramente nova de tratamentos médicos que podem um dia ajudar a eliminar alguns dos males mais persistentes da humanidade.
Bom, vamos falar sobre o ser imortal que vive entre nós.
Geralmente as águas-vivas não vivem mais de 6 meses. Mas uma delas, a Turritopsis dohrnii, conseguiu driblar este destino - e de quebra revolucionar os conceitos de vida e morte. Ela foi descoberta por volta de 1893 no mar mediterrâneo.
Ela tem a capacidade de rejuvenescer indefinidamente as próprias células, ou seja, é essencialmente imortal. Não pode morrer de causas naturais; sua única possibilidade de deixar este mundo é ser comida por algum predador.
A imortalidade foi descoberta pela bióloga italiana Maria Pia Miglietta, que trabalha na Universidade da Pensilvânia e viajou o mundo todo para estudar a super criatura. O corpo das águas-vivas assume vários formatos durante a vida. Mas a Turritopsis dohrnii, consegue fazer este processo andar ao contrário, como se fosse uma borboleta que volta ao estágio da larva. O rejuvenescimento ocorre depois que o animal se reproduz e também em momentos de crise, se ele está ferido ou sem alimento. Por exemplo, se estiver em perigo de morrer de fome ou tenha sofrido uma lesão com risco de morte, esta espécie particular de água-viva é capaz de reverter todas as suas células vivas para um estado mais jovem, mais flexível, através de um processo chamado de transdiferenciação. Durante este processo, a água-viva primeiro transforma-se em quisto globular, em seguida, o cisto se reverte em uma colônia de pólipos. Esta é basicamente a primeira fase de sua vida e daí ela é capaz de reiniciar todo o seu processo de vida, criando novas réplicas que estão livres dos males causados às réplicas anteriores e refazendo posteriormente o processo de transdiferenciação, num ciclo sem fim. Uma verdade mágica evolutiva.
Já existem estudos sobre a viabilidade de criação de novas células em seres humanos, para substituir aquelas que já estão danificadas, com o intuito de criar um indivíduo imortal. Alguns biólogos, como Stefano Piraino, da Universidade de Salento, estão otimistas de que esta água-viva possa um dia ajudar a livrar o mundo do câncer e outras doenças mortais. Sua esperança está enraizada no fato de que, assim como as células cancerosas, algumas das células da Turritopsis dohrnii são capazes de seletivamente ativar certos genes ligados ou desligados para permitir que os programas genéticos que estavam presentes em fases anteriores possam ser reativados.
Se os investigadores puderem ter uma melhor compreensão destas medusas e conseguirem desvendar o segredo por trás daquilo que as permitem passar por uma transformação tão radical na estrutura celular e nas suas funções vitais, isso não só ajudaria a preservar a vida marinha ameaçada de extinção e que está sendo prejudicada pela invasão de águas-vivas, como pode abrir as portas para uma classe inteiramente nova de tratamentos médicos que podem um dia ajudar a eliminar alguns dos males mais persistentes da humanidade.
Textos adaptados do: Marcos Ricardo dos Santos/jornalnota10 e opiniaomijiniana.blogspot.com
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