Japão corre atrás de energia verde

Japão corre atrás de energia verde

O Japão vai ter dez milhões de casas alimentadas por energia solar, prometeu na quarta-feira seu primeiro-ministro, Naoto Kan. O país agora irá fazer um enorme esforço, nos próximos anos, para instalar mais energia limpa, depois da crise nuclear. O debate sobre alternativas de energia começou logo após a usina Fukushima Daiichi ter sido atingida por um gigantesco tsunami em março, o que causou o vazamento de radiação no ar, no solo e no mar. Kan desistiu de um plano nacional segundo o qual reatores nucleares responderiam por metade da demanda de energia do país até 2030, e advogou fazer das fontes renováveis "os pilares" da nova matriz energética.

A terceira economia do mundo gera atualmente 30% de sua energia com reatores nucleares. "Nós nos engajaremos em drásticas inovações tecnológicas para aumentar a participação da energia renovável na capacidade total de energia eleetrica até 20%, o mais rápido possível, em 2020", acrescentou o primeiro-ministro. Para fazer isto, o Japão precisa reduzir muito o custo de geração de energia solar - para um terço do patamar atual até 2020 e um sexto até 2030, disse Kan. O esforço em direção à energia renovável faz parte de "uma revisão do plano básico energia a partir do zero", ele afirmou.

A melhora da segurança nuclear seria parte importante disto, Kan enfatizou, e envolverá não apenas aspectos técnicos, mas institucionais e a cultura de segurança em organizações. O terremoto e o tsunami de 11 de março deixaram 25 mil pessoas mortas ou desaparecidas, e o governo japonês teve de evacuar residentes de comunidades para fora da zona de exclusão de 20 km em torno da usina nuclear Fukushima Daiichi."Com as lições aprendidas do acidente, chegaremos ao padrão mais alto de segurança nuclear", afirmou Kan, de acordo com a France Presse.

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Imagem: Internet