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No último mês de julho, São Paulo ganhou um reforço na sua frota de ônibus: três veículos movidos a diesel de cana-de-açúcar começaram a circular na cidade. Por enquanto é apenas um teste. Durante um semestre, os três ônibus vão rodar com 90% de diesel de petróleo e 10% de diesel de cana. No final, serão comparados a outros três que utilizaram apenas o de petróleo e aprimorados para que o uso possa ser implementado em mais veículos. Segundo a prefeitura, a ideia é, até o final da gestão atual, 14% do combustível seja renovável. “Ainda no ano que vem pretendemos ter 200 ônibus movidos a etanol na cidade”, anunciou o prefeito.

Quer ter uma noção do impacto que isso provocaria se essa mistura do teste fosse aplicada em toda a frota de ônibus? A diminuição na emissão de gases de efeito estufa seria de 90% em média. E como o Brasil consome cerca de 45 bilhões de litros de diesel, o combustível de cana pode ser um adicional ao nosso diesel de petróleo, pelo menos no início dessa adaptação.

O combustível é produzido com o mesmo caldo de cana que serve como matéria-prima para o açúcar e o álcool, em um processo bem parecido com o da produção de etanol: utiliza leveduras (fungos microscópicos) para fermentar os açúcares e secretar o diesel. E ele não é biodiesel, é diesel mesmo. Tem todas as propriedades essenciais da substância, mas nenhuma das indesejadas como, por exemplo, a mistura de enxofre e o excesso de óleo.

Quer mais? O diesel de cana não exigirá modificações na estrutura dos veículos e também não compete com a produção de alimentos, problemas que os outros combustíveis têm enfrentado bastante. E não são necessárias muitas adaptações para a sua produção: em relação ao etanol, a única mudança é a levedura no fermentador.

Enfim, ele é mais uma opção dentre as recentes e valorizadas energias renováveis que vêm substituir os combustíveis fósseis, grandes vilões do aquecimento global. E, convenhamos: para ser super-herói, não são necessárias grandes decisões. Nós também podemos diminuir a emissão de gases poluentes escolhendo combustíveis menos agressivos ou optando por utilizar o transporte público e bicicleta, para pequenos deslocamentos.

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