Um rico advogado paulista, famoso na capital, gostava de caçar nas férias. Estava fazendo tiro ao pato numa região de lagoas, em Patos de Minas.
Um dos patos que ele alvejou caiu do outro lado de uma cerca de arame farpado. Sem ver vivalma por perto, pulou a cerca e, quando avançava pela propriedade, apareceu um velho Bene dirigindo um tratorzinho em sua direção.
- Moço, isso aqui é terra particular. 'Cê pode ir vortano.
- Mas é que eu atirei naquele pato, ele caiu aqui; só vim pegá-lo.
- Pode vortá. Caiu aqui, é meu.
- Olha, meu senhor, sou um influente advogado.
Posso meter-lhe uns 15 processos, questionar o seu direito de propriedade, avocar o foro para São Paulo e o senhor vai à falência só de tanto que vai ter que viajar para lá. Vou acabar por lhe tomar esta fazenda. O senhor não me conhece. Não sabe do que sou capaz.
O velho Bene assume um ar entre preocupado e amedrontado e argumenta, dando boferada no cachimbo:
- Peraí, sô. Pur quê que a gente não arresorve a questão usando a regrinha minêra prá arresorvê pendenga?
- Como é isso?
- É anssim: eu dou três chutes n'ocê. Depois ocê dá três chutes ni mim. Quem guentá mais caladim, quem gritá menos, ganha a pendenga.
O jovem advogado avalia aquele velhote franzino e, por curiosidade e pelo vício de ganhar disputas, resolve topar.
- Eu, qui sô mais véio, chuto premero.
O advogado concorda. O velho salta do trator e só aí o advogado vê as botinas duras de pneu que ele estava usando. Mas raciocina: "Mesmo com essas botas, é um coroa franzino, e esta cheio de pinga; eu agüento e depois acabo com ele no primeiro pontapé".
O primeiro chute do velho é bem no saco do advogado, que se curva e se ajoelha gemendo. O segundo pega bem no nariz e o rábula se
estatela no pasto, lacrimejando e mordendo os lábios para não urrar de dor. O terceiro pegou nos rins e o advogado, mesmo se quisesse, não conseguiria gritar. Sequer consegue respirar, tamanha a dor.
Passam alguns segundos de agonia, no entanto, e ele começa a se recuperar. Põe-se de pé, limpa a poeira e ameaça:
- Agora pode ir rezando, vovô, que eu sou faixa marrom de karatê e vou desmontar o senhor só com um chute na testa.
- Carece não. Eu disisto da pendenga. Reconheço que pirdi. Pode pegá seu pato.
Um dos patos que ele alvejou caiu do outro lado de uma cerca de arame farpado. Sem ver vivalma por perto, pulou a cerca e, quando avançava pela propriedade, apareceu um velho Bene dirigindo um tratorzinho em sua direção.
- Moço, isso aqui é terra particular. 'Cê pode ir vortano.
- Mas é que eu atirei naquele pato, ele caiu aqui; só vim pegá-lo.
- Pode vortá. Caiu aqui, é meu.
- Olha, meu senhor, sou um influente advogado.
Posso meter-lhe uns 15 processos, questionar o seu direito de propriedade, avocar o foro para São Paulo e o senhor vai à falência só de tanto que vai ter que viajar para lá. Vou acabar por lhe tomar esta fazenda. O senhor não me conhece. Não sabe do que sou capaz.
O velho Bene assume um ar entre preocupado e amedrontado e argumenta, dando boferada no cachimbo:
- Peraí, sô. Pur quê que a gente não arresorve a questão usando a regrinha minêra prá arresorvê pendenga?
- Como é isso?
- É anssim: eu dou três chutes n'ocê. Depois ocê dá três chutes ni mim. Quem guentá mais caladim, quem gritá menos, ganha a pendenga.
O jovem advogado avalia aquele velhote franzino e, por curiosidade e pelo vício de ganhar disputas, resolve topar.
- Eu, qui sô mais véio, chuto premero.
O advogado concorda. O velho salta do trator e só aí o advogado vê as botinas duras de pneu que ele estava usando. Mas raciocina: "Mesmo com essas botas, é um coroa franzino, e esta cheio de pinga; eu agüento e depois acabo com ele no primeiro pontapé".
O primeiro chute do velho é bem no saco do advogado, que se curva e se ajoelha gemendo. O segundo pega bem no nariz e o rábula se
estatela no pasto, lacrimejando e mordendo os lábios para não urrar de dor. O terceiro pegou nos rins e o advogado, mesmo se quisesse, não conseguiria gritar. Sequer consegue respirar, tamanha a dor.
Passam alguns segundos de agonia, no entanto, e ele começa a se recuperar. Põe-se de pé, limpa a poeira e ameaça:
- Agora pode ir rezando, vovô, que eu sou faixa marrom de karatê e vou desmontar o senhor só com um chute na testa.
- Carece não. Eu disisto da pendenga. Reconheço que pirdi. Pode pegá seu pato.
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